terça-feira, 26 de abril de 2016

Seria a neve um polvilho fresco caído do céu?


(por Lucirley Araújo, Sete Lagoas - MG, 27/04/2016)

(Boneco de Neve na Serra Catarinense
 - Julho/2013)

Das várias coisas que presenciei na natureza, ver a neve caindo ao vivo foi uma das mais impressionantes.
A primeira grande surpresa foi perceber que ela não cai na vertical,
E sim, em diagonal, com movimentos oscilantes.
Quebrava-se ali um grande mito.


A segunda surpresa incluiu tomar conhecimento de que são necessárias várias condições para a sua formação: temperatura, vento, umidade, entre outras.
Até então, eu acreditava que bastava uma temperatura negativa e tudo estaria consumado.
Eis que na famosa e exuberante Serra do rio do Rastro (em Santa Catarina), descobri que a história não é bem assim.

(Termômetro na praça central de São Joaquim, SC - Julho/2013)
Por terceira novidade, resolvi tocar a neve e percebi que ela é macia.
Chuvosa em pequenos flocos, cheguei mesmo a cogitar:
Seria a neve um polvilho fresco caído do céu?
A pergunta parece boba, mas o tato aponta para a dúvida
Pois espremida entre os dedos, de fato a danada me lembrava a tapioca da Bahia.

Todavia me orgulho em dizer que em terra de barrigas verdes
Fui dos primeiros mineiros a ver esse gelo engraçado cair do céu
Não foi história de pescador, não senhor 
Foi verdade vivida em gelo, chima e pinhão.

2 comentários:

Unknown disse...

MARAVILHAS DE NOSSO PAIS CONTINENTAL. NEVE REALMENTE É UMA DAS MAIORES EMOÇÕES QUE SE POSSA SENTIR.

Unknown disse...

Se nevasse em Minas, certamente diríamos: "nó", "nú"!
Mas como só neva no sul, ouvimos: "bah", "barbaridade tchê"!